Esta foi a terceira vez desde o arranque da época balnear que os banhos estiveram desaconselhados na praia de Matosinhos.
Os banhos na praia de Matosinhos foram hoje novamente permitidos, cinco dias depois de terem sido desaconselhados devido à contaminação da água, adiantou hoje fonte da Polícia Marítima do Douro e Leixões.
A fonte explicou ter recebido hoje cerca das 17:00 uma indicação da Agência Portuguesa do Ambiente a comunicar o “levantamento da interdição”, depois da realização de novas análises entre sexta e segunda-feira.
Consultado pelas 18:30 pela Lusa, a página oficial da APA ainda indicava interdição desde 02 de agosto da Água Balnear de Matosinhos por contaminação microbiológica.
Esta foi a terceira vez desde o arranque da época balnear que os banhos estiveram desaconselhados na praia de Matosinhos, segundo informação do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH).
Motivo pelo qual, o PSD/Matosinhos instou na terça-feira o município a assegurar a monitorização da qualidade da água das praias e a apostar em novos métodos de limpeza.
“Os autarcas do PSD de Matosinhos não podem deixar de manifestar a sua preocupação pelos resultados demonstrados pelas diversas análises das águas balneares”, afirmou Bruno Pereira, em comunicado enviado à Lusa.
A interdição de banhos naquela praia gerou também o descontentamento das escolas de surf que fazem daquele o seu principal local de trabalho.
Segundo Manuel Castro, gerente da Surf Aventura, uma das mais de 10 escolas de surf que existem em Matosinhos, cada dia que passou com interdição a banhos e atividades no mar da Praia de Matosinhos são “centenas de euros de prejuízo”.
Nestes últimos dias em que houve um aviso e recomendação a desaconselhamento de banhos e usos de água do mar da Praia de Matosinhos houve “imensos prejuízos” com o cancelamento de aulas de grupo de surf e de “stand up paddle”, eventos de aniversários e alugueres de material, contou, acrescentando que estima ter perdido cerca de 300 euros por dia.
Numa outra escola de surf com 15 anos em Matosinhos, um dos professores contou à Lusa que a empresa registou “90% de perdas” com esta interdição, seja por anulação de campos de férias de crianças, seja com a anulação de aulas de grupo e individuais com turistas.
Segundo aquele responsável, os prejuízos rondam as “centenas de euros” de prejuízos em quatro dias.
“Só ontem [terça-feira] tive de mandar 60 turistas embora”, relata, referindo que eram turistas na faixa etária entre os 20 e os 35 anos oriundos da Alemanha, Países Baixos e Itália.