À pergunta se não tem medo da abstenção, manifestou confiança que “os portugueses vão ter uma boa participação no domingo”.
A caravana da Aliança Democrática cumpriu hoje a tradicional passagem por Santa Catarina, no Porto, começando com chuva, que parou quando o líder, Luís Montenegro, se juntou à comitiva e disse estar muito animado para as eleições de domingo.
Primeiro, a comitiva concentrou-se na Praça dos Poveiros, de onde arrancou cerca das 17:15, depois seguiu até à Praça da Batalha, onde antes esteve a caravana do PS, com a qual não se chegou a cruzar.
Para evitar esse cruzamento, o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, foi organizando várias paragens na caminhada, com os apoiantes a entoarem cânticos, numa parte do tempo à chuva.
Pela mesma razão, só cerca de meia hora depois do arranque o presidente do PSD e do CDS-PP, Luís Montenegro e Nuno Melo, se juntaram às centenas de pessoas que subiram uma parte da Rua de Santa Catarina, com a chuva a dar tréguas a partir daí.
A meio do percurso, que durou cerca de 45 minutos e desembocou no local do comício, numa tenda transparente na praça Dom João I, Montenegro foi questionado pela comunicação social se estava animado.
“Muito, como se pode ver, acho que é a expressão daquilo que tem sido uma cada vez maior adesão das pessoas, dos portugueses, o que nos enche de responsabilidade, mas com a noção de que só no domingo é que há eleições. Nós vamos mobilizar os portugueses para uma grande mudança e para um ciclo de prosperidade e justiça em Portugal”, declarou.
À pergunta se não tem medo da abstenção, manifestou confiança que “os portugueses vão ter uma boa participação no domingo”.
“Evidentemente que daqui até lá todo o esforço que pudermos fazer para motivar as portuguesas e os portugueses a escolher o seu futuro é um esforço positivo. E eu sei, eu sinto que este movimento de mudança vai ser mobilizador também para a participação”, defendeu.
O líder do CDS-PP, Nuno Melo, manifestou a convicção de que esta era “a maior arruada” em que já participou em Santa Catarina, incluindo a de 2015 na coligação PSD/CDS-PP, Portugal à Frente.
A arruada começou muito confusa, com muitos encontrões na zona de comunicação social, antes de a estrutura de campanha conseguir formar uma bolha à volta dos líderes dos dois partidos.
Os cabeças de lista da AD pelo Porto, Miguel Guimarães, e por Viana do Castelo, Aguiar-Branco, os vice-presidentes do PSD Paulo Rangel, António Leitão Amaro, Margarida Balseiro Lopes e os dirigentes sociais-democratas Pedro Reis e Pedro Alves foram algumas das presenças nesta arruada.
Além do PS, também a Iniciativa Liberal estava nas proximidades da arruada da AD, com uma ação de rua marcada para as 17:30.
Durante o percurso, cantou-se “vitória, vitória”, pediu-se “Luís Montenegro em São Bento”, e o líder do PSD — que esteve sempre acompanhado pela mulher – foi acenando muito, distribuindo beijinhos aos poucos populares que conseguiam passar pela bolha da segurança e até tirou “selfies” com Nuno Melo.
A certa altura, subiu a um pilarete e agitou uma bandeira gigante do PSD e, mais à frente, foi levantado em ombros, fazendo o “V” de vitória e gritou “Portugal, Portugal”, em conjunto com os apoiantes.
Antes do início, a estrutura de campanha da AD distribuiu impermeáveis azuis com a sigla da coligação, chapéus azuis e laranja – que foram úteis no arranque da caminhada, ainda sem os líderes do PSD e do CDS-PP – e levou grandes balões brancos e laranjas.
Se a chuva não desanimou os participantes na arruada, Montenegro também manifestou confiança de que não desmobilize os eleitores para votarem nas legislativas antecipadas de domingo.
“Eu estou muito confiante que as portuguesas e os portugueses vão expressar a sua vontade política com uma boa participação, e vão também com isso dar mais força ao próximo Governo para levar este país para a frente, para poder mobilizar o potencial que há em cada pessoa, em cada português, em cada instituição, em cada empresa para criarmos mais riqueza se ermos mais justos do ponto de vista social”, declarou, num outro momento de declarações aos jornalistas.
A entrada no comício também se fez com alguma confusão, com muitos dos que participaram na arruada a já não terem lugar dentro da tenda, tendo ficado a assistir na rua às palavras de Montenegro, Melo e Guimarães.