AD pede ao PS para virar a página e deixar de fazer politiquice

Montenegro critica posição do PS sobre a governabilidade. “Como é que é possível em dois dias ter quatro versões diferentes sobre o mesmo assunto? Isto revela impreparação, isto revela imaturidade, isto revela incapacidade para liderar um governo”, insiste o líder da AD.

Fevereiro 22, 2024

O líder da AD pediu hoje ao secretário-geral do PS para “virar a página do discurso” e deixar de “jogar à politiquice”, na campanha eleitoral, e dar resposta “às ambições, às necessidades, aos desafios” dos portugueses.

“Eu acho que está na altura de virar a página do discurso”, disse Luís Montenegro numa visita que fez esta manhã ao Mercado de Portimão, no Algarve, acusando Pedro Nuno Santos de não ter “nada para dizer ao país” e “muito pouco para oferecer aos portugueses em termos de propostas políticas”.

Montenegro sublinhou que o PS “tem sobretudo vergonha de assumir” os últimos oito anos, que considerou serem de “fracasso naquilo que é importante para a vida das pessoas”.

“O jogo político entre partidos faz parte da democracia, mas esta campanha eleitoral não serve para andar a jogar à politiquice, serve para dar resposta às ambições, às necessidades, aos desafios dos portugueses”, afirmou Luís Montenegro em declarações aos jornalistas, a meio da visita ao mercado, acompanhado por candidatos da lista do distrito de Faro da AD.

O presidente do PSD escusou-se a responder ao desafio do candidato socialista às eleições legislativas de 10 de março, que na quarta-feira no Porto tinha pedido reciprocidade da parte do PSD à disponibilidade avançada pelo PS em viabilizar um governo minoritário da AD.

Montenegro criticou Pedro Nuno Santos por “não sair desse assunto” porque, segundo ele, não tem nada para dizer ao país.

“Como é que é possível em dois dias ter quatro versões diferentes sobre o mesmo assunto? Isto revela impreparação, isto revela imaturidade, isto revela incapacidade para liderar um governo”, insistiu o líder da coligação que junta o PSD, o CDS-PP e o PPM.

Para Montenegro, Pedro Nuno Santos voltou a mostrar que é “o ministro incompetente, o ministro imponderado, que foi quando esteve nas Infraestruturas, aquele que decidia sem pensar e depois tinha que voltar atrás”.

O líder da AD deu como exemplo o problema da água em Portugal e a situação de seca no Algarve que relacionou com a falta de investimentos públicos nos últimos anos.

“É caso para dizer que, também na política da água, o Partido Socialista vende muitos power-points, vende muitas ideias, mas depois não realiza”, sublinhou o presidente do PSD.

Luís Montenegro acrescentou que “chega a ser confrangedor” Pedro Nuno Santos querer aparecer aos olhos dos eleitores como “um grande fazedor”, quando, segundo ele “transformou-se num bom fazedor de asneiras”.

Depois do Mercado de Portimão, o líder da AD visitou uma exploração de laranjas no concelho de Silves, antes de partir para o distrito de Lisboa, onde tem previsto para esta tarde deslocações ao Clube Física Torres, em Torres Vedras, e esta noite um jantar-comício em Cascais.

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