Comité Nobel atribui galardão à jornalista e activista, num prémio que “reconhece as centenas de milhares que se manifestaram contra as políticas de opressão do regime teocrático face às mulheres”.
O Comité Nobel Norueguês anunciou esta sexta-feira a atribuição do Prémio Nobel da Paz de 2023 a Narges Mohammadi, jornalista e activista iraniana, que se encontra detida. Mesmo a partir da prisão, Mohammadi tem-se feito ouvir, denunciando as autoridades do Irão e falando em nome das “centenas de milhares de pessoas que se manifestaram contra as políticas de discriminação e opressão do regime teocrático contra as mulheres”, que o Comité diz reconhecer com este prémio.
Mohammadi foi galardoada pela sua luta contra a repressão de mulheres no Irão e pelos seus esforços na promoção de direitos humanos e de liberdade. Detida 13 vezes, a activista foi condenada a um total de 31 anos de prisão e 154 chicotadas.
A activista sucede ao também activista de direitos humanos bielorrusso Ales Bialiatski, e às organizações de direitos humanos Memorial, da Rússia, e Center for Civil Liberties, da Ucrânia, que tinham vencido o prémio em 2022, por demonstrarem a “importância da sociedade civil para a paz e a democracia”.
