Family Film Project

FAMILY FILM PROJECT regressa ao Porto de 15 a 19 de outubro de 2024.

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O Family Film Project– Festival Internacional de Cinema de Arquivo, Memória e Etnografia – está de volta ao Porto entre os dias 15 e 19 de outubro de 2024 no Batalha Centro de Cinema, Museu Nacional Soares dos Reis e Casa Comum da Universidade do Porto.

A 13ª edição do festival traz como tema central o cinema enquanto espaço de experimentação. O enfoque desta edição é a obra de Ben Russell, cineasta e artista multidisciplinar americano. A sua extensa obra situa-se no cruzamento entre a etnografia experimental e o psicadelismo e estende-se do cinema à performance e à instalação.

A obra de Russell, que percorre festivais e instituições de renome como Veneza, Roterdão, Locarno e Berlinale, será apresentada a partir de uma seleção de filmes, havendo ainda lugar para uma masterclass, performance e uma conversa. Entre os destaques está a exibição da sua primeira longa-metragem Let Each One Go Where He May (2009) no dia 16 de outubro às 21h15, vencedora do Prémio FIPRESCI no Festival de Roterdão, e da sua mais recente obra Direct Action (2024) dia 19 às 16h00, galardoada com o Encounters Grand Prize na Berlinale. Para além da exibição de quinze dos seus filmes, o foco inclui a performance Conjuring no dia 17 às 21h15 e uma masterclass agendada para dia 19 às 14h30 intitulada Again, Time, onde Russell refletirá sobre o seu percurso e abordagem ao cinema. A programação dedicada ao artista culmina no dia 19 às 21h15 com a exibição de The Invisible Mountain (2021), uma das suas obras mais pessoais, que também encerrará o festival.

De 15 a 17 de outubro a secção competitiva do festival continua a apostar em novas abordagens ao cinema de arquivo, memória e etnografia, com uma seleção de 28 filmes provenientes de 17 países, incluindo quatro curtas-metragens portuguesas. Organizada em três zonas temáticas: Vidas e Lugares, Memória e Arquivo e Ligações. Como já é habitual, o festival também abre espaço para filmes de ficção e animação.

No âmbito da parceria com o Instituto de Filosofia da Universidade do Porto, para além das masterclasses, o ciclo Private Collection desta edição faz parte do evento dedicado ao pensamento de Michel Foucault conjuntamente com o colóquio Biopolítica Heterotopia Arquivo e Resistência. A primeira performance, de Susana Caló e Godofredo Enes Pereira, terá lugar na sala das estátuas do Museu Nacional Soares dos Reis pelas 17h00 do dia 15 de outubro. Seguidamente, na Casa Comum da Universidade do Porto, entre as 18h00 e as 19h30, teremos a conferência-performance de Mischa Twitchin e as performances de Sara Carinhas e Sónia Carvalho.

À semelhança do ano anterior o festival contará com uma série de masterclasses: Mischa Twitchin apresentará The Site of Shadows no dia 16 de outubro às 16h30, no Batalha Centro de Cinema; Sophie Raimond e Christel Taillibert irão conduzir Mapping Contemporary Re-Uses of Amateur Film: A Typology no dia 17 de outubro às 18h00; Luciano Barisone falará sobre The Invisible Breath of Cinema no dia 18 de outubro às 18h00; e Ben Russell fechará a programação de masterclasses com Again, Time no dia 19 de outubro às 14h30. Os mais jovens também continuam a ter lugar nesta edição com o workshop Eu, na minha cidade dirigida pela cineasta Tânia Dinis, cujas colaborações no festival têm sido um sucesso entre o público infantojuvenil.

O programa inclui ainda uma vídeo-instalação de Hugo Mesquita, criada a partir dos filmes experimentais de Karen Akerman, Miguel Seabra Lopes, Steven McInerney e Alexander Schellow, que estará em exibição no Batalha Centro de Cinema ao longo de toda a semana.

Para mais informações sobre bilhetes e programação, visite o site oficial: familyfilmproject.com

SOBRE O FAMILY FILM PROJECT

Arquivo, Memória, Etnografia – Festival Internacional de Cinema

Criado em 2012, o Family Film Project é um Festival Internacional de Cinema que se realiza anualmente no Porto, Portugal.

As sessões da programação competitiva dividem-se tradicionalmente em três zonas temáticas: Vidas e Lugares (com enfoque na abordagem estética a quotidianos, habitats e biografias), Memória e Arquivo (dedicada à temporalidade e à apropriação poética de testemunhos e found footage) e Ligações (centrada nas dinâmicas relacionais, interpessoais e interculturais). Incluem-se também sessões competitivas nos géneros da Ficção e Animação.

O festival acolhe filmes de diferentes tipologias e géneros na sua secção competitiva, do documentário ao experimental, das curtas-metragens às longas-metragens. Seja através do cinema etnográfico, do cinema de arquivo e de found-footage, dos “filmes caseiros”, das diversas formas de cinema experimental ou da hibridização entre o cinema e as artes performativas, o Family Film Project procura evidenciar os desafios do cinema na sua dupla faceta testemunhal e artística.

O programa reserva sempre um espaço de destaque para realizadores, artistas e investigadores convidados de renome internacional, tais como Jonas Mekas (2012), Péter Forgács (2013), Alina Marazzi (2015), João Canijo (2016), Regina Guimarães (2017), Bill Nichols (2018), Daniel Blaufuks (2018), Jaimie Baron (2019), Cláudia Varejão (2019), Harun Farocki (2020), Ruben Östlund (2021), Catarina Alves Costa (2022), Naomi Kawase (2023), Ben Russell (2024), entre muitos outros.

Com diversas linhas de atuação, o festival coloca-se nas barreiras concetuais entre o cinema e o diálogo com as outras artes e áreas de pensamento. Para além das sessões de cinema, o Family Film Project organiza vários tipos de eventos culturais paralelos: exposições e instalações (que podem prolongar-se para lá da data do festival), filmes-concerto, performances em locais diversos da cidade (Private Collection), masterclasses, conferências e lançamentos de livros focados na dimensão etnográfica, antropológica e estética.

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